Pessoas interessadas em cessar o hábito de fumar podem contar com tratamento na rede municipal de saúde da Capital. Nesta segunda-feira, 29, Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove encontro do grupos de tabagismo em uma unidade de saúde, a partir das 9h30, na US Campo Novo, localizada na rua Colina, 160, bairro Campo Novo, zona Sul da Capital.
Para obter informações sobre o tratamento, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) deve procurar a sua unidade de saúde de referência. Caso esta não esteja apta para oferecer o tratamento no momento, a coordenação da unidade poderá verificar com a Gerência de Saúde do Território a unidade mais próxima que possa atender o usuário. A intenção do Programa Municipal de Controle do Tabagismo (PMCT) da SMS é oferecer aos cidadãos apoio profissional para a cessação e controle da abstinência. O programa é coordenado pela Gerência de Políticas Públicas de Cuidado em Saúde – Não Transmissíveis.
O percentual de fumantes na população com mais de 18 anos em Porto Alegre é estimado em 16,4%. Entre os anos de 2011 e 2015, 7.967 pessoas procuraram atendimento. Do total, 3.117 conseguiram cessar o tabagismo, um índice de 39,12% de êxito.
De acordo com as estatísticas, o tabagismo está diretamente relacionado a doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas (DPOC). Em âmbito mundial, aproximadamente 6 milhões de pessoas morrem por ano por complicações causadas pelo tabagismo, sendo que 5 milhões resultam diretamente do hábito de fumar. A expectativa é que o controle do tabagismo possa contribuir para prevenir e/ou evitar 45% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por DPOC, 25% das mortes por doença cérebro-vascular e 30% das mortes por câncer.
Entre as características do hábito de fumar, 80% das pessoas apresentam irritações ocular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse imediatamente após a exposição à fumaça do cigarro. O tabagismo ativo e passivo também aumenta o risco de infecções respiratórias, muito comuns nesta época do ano. De acordo com estatísticas, o número de visitas às emergências hospitalares e aos serviços de pronto-atendimento é 79% superior para pacientes asmáticos expostos ao tabagismo passivo, quando comparado ao de pessoas não expostas. Além dessas condições agudas, o tabagismo ativo aumenta em cinco vezes o risco de bronquite crônica e enfisema pulmonar e responde por 90% dos casos de câncer de pulmão.
Para incentivar a adesão ao tratamento, os técnicos do PMCT destacam que os benefícios da cessação do hábito de fumar se iniciam rapidamente, já a partir dos 20 minutos, e se prolongam ao longo dos anos.
● Em 20 minutos: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis normais. A temperatura nas mãos e nos pés aumenta até chegar aos níveis considerados normais;
● Em oito horas: os níveis de monóxido de carbono no sangue chegam aos valores normais e o nível de oxigênio aumenta;
● Em 24 horas: o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui;
● Em 48 horas: os sentidos de olfato e paladar melhoram;
● De duas semanas a três meses: caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%;
● De um a nove meses: os sintomas comuns em fumantes, como tosse, ronquidão, congestão dos seios da face, fadiga e falta de ar ficam mais tênues. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades que requerem bastante energia;
● Em um ano: o risco de doenças ligadas a males do coração cai pela metade, em relação a um fumante;
● Em cinco anos: a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fuma um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Depois de cinco a dez anos sem fumar, o risco de AVC é reduzido aos níveis de não-fumantes. O risco de câncer na boca, garganta ou esôfago diminui pela metade, quando comparado ao de um fumante;
● Em dez anos: a taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes e não-fumantes é igual. As células pré-cancerosas são substituídas por outras saudáveis. Os riscos de câncer na boca, garganta, esôfago, bexiga, rim e pâncreas diminuem;
● Em 15 anos: os riscos de uma pessoa morrer por doenças relacionadas a problemas no coração são iguais aos de uma pessoa que não fuma.
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Texto de: Patricia Coelho
Edição de: Manuel Petrik
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Fonte: Prefeitura Porto Alegre